sábado, 26 de março de 2011

SP: Sistema Ferroviário do Brasil será tema de Fórum

SÃO PAULO - O agronegócio brasileiro é reconhecido por sua competência na produção agropecuária, mas com gargalos de logística e infraestrutura para competir com mais força nos mercados internacionais. Trata-se de problemas que prejudicam drasticamente o escoamento da produção e principalmen te a rentabilidade do produtor. Com as dimensões territoriais do país, a intermodalidade na matriz de transporte aparece como ponto essencial para assegurar melhores resultados para as cadeias produtivas.

Para discutir a competitividade do Sistema Ferroviário Brasileiro, a Associação Brasileira do
Agronegócio (ABAG), em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja) realizam o XX Fórum ABAG, no dia 25 de março, a partir das 8h30, no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo.

Participam do encontro o diretor da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, Bernardo Figueiredo, o professor e diretor da Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), José Vicente Caixeta, o consultor para logística de transportes da CNA – Confederação Nacional de Agricultura, Luiz Antonio Fayet e o Presidente da ANUT – Associação Nacional dos Usuários de Transportes de Carga, Luís Valdez.

Em razão de baixos investimentos na via permanente e de uma estrutura regulatória inadequada, o transporte ferroviário apresenta desempenho muito aquém da necessidade do agronegócio e do País. Consultas públicas recentes da ANTT poderão estimular a concorrência e reverter esta situação. Segundo o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, o sistema ferroviário é de fundamental importância para o país, beneficiando toda a população quanto à produção de grãos. “O modal ferroviário gera
economia em fretes, o que possibilita redução dos custos ao produtor”, afirma.

Nossa matriz logística é composta em 58% pelo modal rodoviário, enquanto o ferroviário responde por 25%, segundo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em países como os Estados Unidos, de grande dimensão territorial, onde a produção percorre grandes extensões, o modal ferroviário é o principal meio de transporte da produção. Os norte-americanos possuem mais de 200 mil quilômetros de ferrovias, com crescimento de 3% ao ano. Já no Brasil é inferior a 30 mil quilômetros, desde metade do século passado.

“O transporte da produção é tema de extrema importância para o produtor brasileiro. A redução dos custos logísticos no Brasil passa por investimentos e melhorias dos serviços do sistema ferroviário. A precificação dos valores de frete é sempre um assunto sensível. Outros pontos dizem respeito à contratação de cargas de acordo com a capacidade de movimentação das empresas, bem como o transporte na data estipulada pelo contrato. Como a colheita da soja 2010/11 já esta em curso, esses problemas precisam ser dirimidos”, explica o Presidente da Abag e da Abiove, Carlo Lovatelli.

Nenhum comentário:

Postar um comentário